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Análise: Grêmio voltar a vencer e cumpre obrigação, mas precisa transformar alívio em combustível


quarta-feira, 10 de novembro de 2021

Tricolor transpira - e muito - para bater o Fluminense por 1 a 0 e manter vivo o sonho de evitar a queda

Por Lucas Bubols — Porto Alegre



Três semanas e quatro derrotas seguidas depois, o Grêmio voltou a vencer. O suspiro de alívio veio ao bater o Fluminense por 1 a 0 na última terça-feira, na Arena, pela 31ª rodada do Brasileirão. E, embora pareça cruel, já precisa ficar no passado. Resta o exemplo de como o Tricolor precisará se portar para ficar na Série A.

O sinal de alerta na luta contra o rebaixamento segue ligado no nível máximo. Pois nem mesmo o lugar na tabela mudou. O time se manteve como penúltimo, agora com 29 pontos e secando Juventude, Sport, Bahia e Santos para que a vantagem encurtada se confirme.


A primeira das seis vitórias projetadas veio com muita transpiração e sofrimento, como comentou o vice-presidente Denis Abrahão. Apesar de toda evolução, essa terá de ser a tônica. O alívio de agora precisa ser a obstinação da próxima rodada.

- Não avançamos nada, não fizemos mais que a nossa obrigação: vencer. Estarmos vivos, disputando palmo a palmo com todos os adversários. Como sempre disse, vamos sangrar, mas assim a história do Grêmio foi construída. Desta forma vamos conseguir, se Deus quiser, sair desta fase nefasta - apontou o dirigente.

Até porque nenhum resultado tem aparecido com facilidade para os gaúchos. Tem sido uma dificuldade homérica para resultados simples.

O Grêmio, ferido e estraçalhado após perder o Gre-Nal, respirava por aparelhos. O nervosismo, os gritos e discussões se escancaram em uma Arena vazia. Dois meses depois o time voltou a jogar sem torcida - por motivos diferentes, claro. Na última vez havia vencido o Ceará por 2 a 0.

Os comandados de Vagner Mancini repetiram a soma dos três pontos. Internamente, antes do jogo, a mentalidade era de vencer a qualquer custo, mesmo que não tivesse bom desempenho. Os 90 minutos contra o Fluminense confirmaram o pensamento.

Aquele desempenho que cativou a atenção do público contra o Atlético-MG, por exemplo, esteve bem abaixo. O Grêmio dependeu muito de individualidades no primeiro tempo, como por exemplo com Elias finalizando três vezes com perigo.

A tônica da partida para o Grêmio foi de pouca criatividade e jogadas trabalhadas. O Fluminense explorava os espaços deixados pelos laterais gremistas. Até balançou as redes assim, mas o VAR anulou o gol por impedimento do lateral Marlon no cruzamento para Caio Paulista.

O Grêmio, ferido e estraçalhado após perder o Gre-Nal, respirava por aparelhos. O nervosismo, os gritos e discussões se escancaram em uma Arena vazia. Dois meses depois o time voltou a jogar sem torcida - por motivos diferentes, claro. Na última vez havia vencido o Ceará por 2 a 0.

Os comandados de Vagner Mancini repetiram a soma dos três pontos. Internamente, antes do jogo, a mentalidade era de vencer a qualquer custo, mesmo que não tivesse bom desempenho. Os 90 minutos contra o Fluminense confirmaram o pensamento.

Aquele desempenho que cativou a atenção do público contra o Atlético-MG, por exemplo, esteve bem abaixo. O Grêmio dependeu muito de individualidades no primeiro tempo, como por exemplo com Elias finalizando três vezes com perigo.

A tônica da partida para o Grêmio foi de pouca criatividade e jogadas trabalhadas. O Fluminense explorava os espaços deixados pelos laterais gremistas. Até balançou as redes assim, mas o VAR anulou o gol por impedimento do lateral Marlon no cruzamento para Caio Paulista.


Diego Souza simboliza o grito aliviado dos gremistas que não esavam na Arena — Foto: Lucas Uebel/Grêmio

Diego Souza simboliza o grito aliviado dos gremistas que não esavam na Arena — Foto: Lucas Uebel/Grêmio


A bola que punia o Grêmio por perder chances nos últimos jogos, dessa vez entrou no segundo tempo. Sarará cruzou na medida para Diego Souza ganhar de Nino e cabecear firme para as redes. Era o pior momento gremista no jogo, mas suplantado pela especialidade do centrpoavante.

A partir daí Mancini tirou velocidade do time, colocando jogadores com rotação mais baixa. A exceção era Douglas Costa. O camisa 10, que jogou com um curativo no supercílio por uma queda no banheiro do hotel, atravessou todo o campo do adversário e chutou nas mãos de Marcos Felipe em rara chance para o Grêmio.

Foi a última chance de perigo na partida para ambos os lados. Dali em diante o Grêmio sofreu uma leve pressão adversária, mas nada que confirmasse uma mudança no placar, o que representou um gigante suspiro dos gremistas.

- Evolução não significa vitórias, mas que você enxerga que está no caminho certo. Mesmo com várias trocas, tivemos bom desempenho. A ansiedade joga junto com a gente. Não víamos a hora do juiz apitar. Porque os pontos são mais importantes que jogar bem. Mas o jogar bem nos dá a possibilidade de sonhar com vitórias em sequência - disse Mancini.

A dúvida que paira a mente dos torcedores é se o suspiro precede uma derrota ou uma sonhada segunda vitória seguida. Fato é que o Grêmio saberá, em menos de um mês, que capítulo terá escrito na temporada: um terceiro rebaixamento à Série B ou uma escapada milagrosa.

O elenco se reapresenta nesta quarta-feira no CT Luiz Carvalho e inicia a preparação para o jogo contra o América-MG no sábado, no Independência, que marcará o reencontro de Mancini com o ex-clube.




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