ime controla completamente a partida fora de casa e segue em evolução com Renato Gaúcho
Everton Ribeiro fez um golaço, Bruno Henrique assumiu a artilharia do Brasileiro, Gabigol e Arrascaeta deram assistências. O quarteto ofensivo brilhou na vitória do Flamengo sobre o Corinthians por 3 a 1, na NeoQuímica Arena, no domingo. Mas, além da costumeira qualidade técnica destes jogadores, é possível explicar a dominância do time de Renato Gaúcho a partir de seus zagueiros.
Outrora criticados - e ainda não completamente nas graças da torcida -, Gustavo Henrique e Léo Pereira simbolizam bem como o Flamengo construiu a vitória sobre o Corinthians. Desde o primeiro minuto, o time alugou o campo ofensivo e não saiu de lá até os minutos finais do jogo. E a dupla de zaga rubro-negra em momento algum foi incomodada. Foi a partir dela que todos os ataques do Flamengo saíram.
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Flamengo comemora o gol sobre o Corinthians — Foto: Marcello Zambrana/AGIF
Sem a menor pressão do Corinthians, Gustavo e Léo podiam sair livremente com a bola. Tinham tempo para escolher o melhor passe e acertá-lo. Cada passe endereçado aos meio-campistas iniciava um efeito dominó, forçando uma série de compensações na marcação e derrubando cada peça da defesa corintiana até a finalização da jogada.
Veja o mapa de passes traçado pelo Espião Estatístico do ge:
Mapa de passes Flamengo Corinthians — Foto: Espião Estatístico
Precisão dos passes dos zagueiros do Flamengo
Zagueiro Passes certos Total de passes Aproveitamento
Gustavo Henrique 64 67 95%
Léo Pereira 67 71 94%
Em certo momento da transmissão, o comentarista Walter Casagrande Jr. resumiu a marcação do Corinthians: "Parece que chega sempre depois". E isso acontecia justamente pela saída de bola limpa do Flamengo.
O contrário ocorria na defesa do Corinthians. O Flamengo foi cirúrgico em sua pressão, relembrando os melhores momentos daquela equipe de 2019. O primeiro gol saiu assim, quando Arão roubou a bola para Everton Ribeiro acertar belo chute. Tanto a zaga do Flamengo quanto a do Corinthians iniciavam os ataques rubro-negros. Assim foi construída a dominância do time de Renato Gaúcho.
Colabora para tudo isso também um time visivelmente mais solto em campo. Entra outro mérito de Renato. O abraço carinhoso de Gustavo Henrique no técnico após o segundo gol é um símbolo. Jogadores pressionados estão com mais confiança para jogar, e isso só traz coisas boas para o Flamengo.
Apesar do gol sofrido no fim, o Flamengo segue em evolução. Não conseguiu outra goleada, muito porque se poupou visivelmente no segundo tempo. Mas o setor defensivo continua seguro e o ataque tem conseguido traduzir em gols a superioridade técnica e tática do time.
Agora, Renato terá uma semana cheia para treinar a equipe - um time alternativo, com o auxiliar Alexandre Mendes, viajará para a partida contra o ABC, pela Copa do Brasil. Será o primeiro período relevante para o técnico ajustar detalhes da equipe para os próximos desafios.