Entidade apresentou receitas totais de R$ 716 milhões e os investimentos no futebol superaram os R$ 523 milhões no último ano.
Assembleia Geral da CBF foi comandada pelo Presidente Rogério Caboclo
Créditos: Lucas Figueiredo/CBF
A Assembleia Geral da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) aprovou, por unanimidade, nesta quinta-feira, 22, as demonstrações financeiras da entidade referentes ao ano de 2020.
A receita total foi de R$ 716 milhões, sendo este número alcançado, especialmente, a partir de três fontes: patrocínios, direitos de transmissão e comerciais e Fundo de Legado da Copa do Mundo de 2014.
Desse montante, mais de 73% foi aplicado direta ou indiretamente no futebol. Dos R$ 523 milhões investidos pela CBF em 2020, destacam-se os R$ 114 milhões aplicados no custeio das Seleções Principais e de Base, masculinas e femininas, e os R$ 303 milhões investidos na realização de competições e no fomento do futebol em todos os Estados brasileiros. Nos últimos 4 anos, foram mais de 1,8 bilhão de reais investidos. O superávit do exercício 2020 foi de R$ 48,8 milhões.
- No ano mais difícil da história conseguimos manter o nível de investimento no desenvolvimento do futebol brasileiro acima dos R$ 500 milhões, perfazendo quase R$ 2 bilhões nos últimos quatro anos. Afora os valores anuais aportados, ainda tivemos um plano extraordinário de socorro às Federações, Clubes e profissionais da arbitragem durante a pandemia, que chegou a R$ 170 milhões. Além disso, garantimos a realização das 21 competições programadas para a temporada, o que permitiu a toda estrutura do futebol manter suas receitas e os empregos por ela gerados - afirmou o Presidente da CBF, Rogério Caboclo.
Nos últimos 4 anos, foram mais de 1,8 bilhão de reais investidos
Créditos: Lucas Figueiredo/CBF
Somando-se todos os encargos sociais e tributos federais, estaduais e municipais, a CBF recolheu aos cofres públicos o montante de R$ 114 milhões ao longo do exercício de 2020. Somados os últimos 4 anos, foram R$ 520 milhões pagos em impostos.
O ativo total da CBF ao final de 2020 foi de R$ 1,560 bilhão, com crescimento em relação ao valor de R$ 1,248 bilhão registrado no ano de 2019. Na última década, o aumento foi de 573%.
Antes de serem levados à Assembleia Geral, os números foram submetidos à auditoria independente, ao Conselho Fiscal e ao Conselho de Administração da entidade. Em todos, houve aprovação sem ressalvas.
Investimentos durante a pandemia
Durante a pandemia da Covid-19 que afetou o Brasil e o mundo no último ano, a CBF atuou de forma decisiva para a manutenção do futebol brasileiro. Além da retomada e manutenção da integralidade do calendário proposto mesmo com uma paralisação do futebol superior a 120 dias, a entidade doou ou antecipou sem juros quase R$ 170 milhões, em benefício das Federações Estaduais e suas competições locais, dos clubes de todas as séries, do futebol feminino e dos profissionais da arbitragem.
Foram R$ 99,9 milhões adiantados, sem cobrança de nenhuma taxa, aos clubes das Séries A e B do Campeonato Brasileiro. Aos clubes da Séries C e D do Brasileirão e dos Campeonatos Brasileiros Femininos A1 e A2 foram destinados, como doação, R$ 15,8 milhões. Para as Federações Estaduais foram aportados R$ 8,6 milhões e, em auxílio aos profissionais da arbitragem, repassados R$ 2,7 milhões.
Em benefício dos clubes de todas as séries e Federações, foram isentados R$ 7,5 milhões em taxas de registro e transferência de atletas, além de investimentos da ordem de R$ 33,5 milhões em testagem e protocolos sanitários para manutenção das competições.
Na área de Responsabilidade Social, mais de 35 mil famílias foram amparadas por meio do Projeto Seleção Solidária, com a doação de 71 mil cestas básicas através de entidades como a Central Única das Favelas, Ação pela Cidadania e Transforma Brasil. Foram R$ 5 milhões destinados, a partir de uma ação conjunta entre a CBF e os jogadores da Seleção Brasileira. Além disso, a CBF investiu outros R$ 2,9 milhões no Programa Craques da Saúde, por meio do qual doou 27 ambulâncias ao Sistema Único de Saúde, uma por Estado, destinada à unidade de saúde que mais recuperou pacientes infectados pelo coronavírus.
Durante a pandemia da Covid-19, a CBF atuou de forma decisiva para a manutenção do futebol brasileiro
Créditos: Lucas Figueiredo/CBF